» Montemor-o-Novo,10 de Janeiro de 2010
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O treinador João Prates lançou a uma equipa em tudo semelhante à que apresentou em Quarteira com uma única alteração, Vítor Pacheco jogou no lugar do castigado Luís Seatra. De resto tudo na mesma.
Jogando contra o primeiro classificado esperavam-se muitas dificuldades para pontuar. Mas o que se passou no Estádio 1º de Maio espelhou um União muito melhor que os Pescadores da Costa da Caparica e o resultado, esse peca por escasso.
Jogando no seu tradicional 4-2-3-1, a equipa do União rectificou o processo defensivo, tendo os laterais Miguel e Fábio jogado mais por dentro e dando muito menos espaço ao extremos da Costa da Caparica. Tendo em vista que actuava contra o primeiro classificado da prova, o treinador João Prates alterou a estratégia e jogou sempre em contra-ataque, defendendo com todos os homens atrás da linha da bola, dando a iniciativa de jogo ao adversário, permitindo isso ter muito espaço nas costas dos médios dos Pescadores, fazendo com que Jorge Roque e Julian incutissem velocidade e intensidade de jogo, principalmente pelo flanco esquerdo.
Com tão pouco Pescadores, só deu União e logo aos 30 segundos de jogo, na sequência de um grande passe de Fábio a rasgar por completo toda a defesa adversária, João Vieira aparece isolado pela esquerda só com o guarda-redes pela frente. Tremeu e permitiu a defesa do seu oponente para canto. Na sua cobrança, nova oportunidade para o União por Setúbal a cabecear ao lado.
Era de facto incrível o domínio e a superioridade da turma alentejana.
Assente numa boa organização táctica, com os jogadores muito juntos e um meio-campo pressionante e bem posicionado, os jogadores da Costa da Caparica perdiam muito facilmente a bola e permitiam que o União a recuperasse quase sempre no meio campo forasteiro. E aí residiu a grande diferença para outros jogos.
Quando o União recuperava a bola havia quem construísse mais atrás, quem incutisse qualidade à transição defesa-ataque. Vítor Pacheco deu à equipa essa qualidade, que não precisava, sempre que tinha a bola, de procurar Jorge Roque para este construir. Neste jogo, Vítor Pacheco construiu muito e bem, entregando sempre a bola jogável nos laterais e nos alas unionistas. Para mim foi esta uma das chaves do jogo. A qualidade de construção no primeiro terço de terreno que Luís Seatra não oferece.
Depois da entrada de rompante do União o jogo passou a ser mastigado a meio campo mas sempre com um evidente ascendente da equipa da casa. Ao minuto 28', João Vieira viu o árbitro auxiliar anular um golo por suposto fora-de-jogo, após espectacular cruzamento de Fábio.
Estava dado o mote para o União aparecer novamente com mais acutilância sobre a área dos Pescadores. E aí, por volta do minuto 42', dá-se o caso jogo. Julian, sempre ele, ultrapassa um dos centrais da Costa da Caparica em velocidade, já bem dentro da área e quando iria cruzar foi supostamente rasteirado. O árbitro assinala de pronto grande penalidade e admoesta o faltoso com o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Tinha aqui o União uma soberana oportunidade para se adiantar no marcador. O já merecido golo não havia de acontecer porque Jorge Roque repetiu a façanha e permitiu a defesa do guarda-redes.
Na segunda parte mais do mesmo. Os Pescadores da Costa da Caparica perceberam que o jogo não lhes estava a correr de feição , reduzidos a dez elementos optaram por abdicar do ataque. Se pouco tinham atacado na primeira parte, na etapa complementar, Gomes tocou duas vezes na bola.
O G.U.S. era mais rápido e muito melhor que o seu adversário mas pecava na hora da finalização. João Vieira por duas vezes tem o golo à frente dos seus olhos. Primeiro e novamente isolado permite a defesa do guarda-redes. Depois cabeceou à barra da baliza adversário.
Só dava União e pela direita Miguel tem uma grande jogada de combinação, cruzando para uma finalização fácil que acabou por não acontecer.
Tardava o golo e o público começava a ficar nervoso. O União tinha ali uma grande oportunidade para surpreender o líder da prova.
João Prates arrisca e coloca Djálo no lugar de Rui Roque jogando em 4-4-2.
Pouco depois, acontecia o golo mais que merecido do União. Fábio lança da esquerda, e numa jogada muito confusa a bola sobra para João Vieira que à quarta finaliza com êxito. Finalmente o golo, finalmente os pontos.
Até final, nada mais a assinalar, a não ser a estúpida regra desta 3ª divisão de não haver acumulação de amarelos. É dar uma mão ao anti-jogo. Sei que os clubes vivem dificuldades e isto permite que haja menos jogadores castigados, mas usá-la para fazer anti-jogo é estúpido e terá de obrigar a FPF a uma análise rigorosa porque isto é anti-futebol, anti-desportivo e anti-espectáculo. Não concordo, nem compactuou.A solução poderia ser cada clube ter um limite máximo de castigados, ou seja, se uma equipa tivesse 3 jogadores castigados estes cumpririam os castigados um de cada vez e em jogos diferentes. Poderia ser uma solução com alguns necessários ajustes.
No computo geral e comparando com o jogo de Quarteira a equipa corrigiu os erros defensivos e jogou muito mais unida. Os laterais, como já referi, defenderam melhor e fecharam os espaços interiores, enquanto que os dois médios-centros tiveram um posicionamento muito mais correcto, cobrindo o espaço e as linhas de passe em vez de andarem atrás da marcação. Se houve muito demérito do antigo líder, o mérito vai inteiramente para o G.U.S. que fez um grande jogo, muito maduro e personalizado, mandando para trás das costas a pressão que sente por estar em último. A equipa está muito melhor e o mérito terá de ir para os jogadores e equipa técnica. Os meus sinceros parabéns a toda a equipa e faço votos para que no próximo fim-de-semana continuem nesta senda. Ainda não ganharam nada e eu continuou a ter a meta dos 17 pontos na 2ª volta. Se tiverem o querer e a qualidade que demonstraram neste jogo de certeza que ultrapassarão este desafio. Força e boa semana de trabalho.
Análise individual (1-10):
88 - Gomes - 3
- A tarde descansadissima que teve não me permite dar-lhe outra nota nem me alongar em grandes apreciações. Limitou-se a bater pontapés de baliza.
15 - Miguel - 6
- Não esteve ao nível do jogo de Quarteira mas começa a ganhar raízes na lateral-direita e cumpre muito bem. Defendeu melhor e atacou menos, porque o adversário requeria cautelas defensivas. Ganhou todos os duelos e fez uma grande jogada na segunda parte que merecia golo.
3 - André - 6
- Ganhou tudo e mais alguma coisa. Novamente impecável. A nota peca por escassa devido ao deficiente ataque do adversário. Está em grande forma. Exibição perfeita, sem erros.
4 - Setúbal - 6
- Ouvi na bancada por mais que uma vez: " O Setúbal está-me a deixar enganado". A verdade é que tal como André está em grande forma e voltou a explicar que o que se disse sobre ele era puro engano. Exibição muito segura e sem erros ganhando tudo pelo chão e pelo ar.
5 - Fábio Neves - 7
- A sua exibição foi tal e qual como os seus colegas da defesa. Segura e extremamente competente, ganhando todos os duelos defensivos. A atacar ainda esteve melhor, assinalando-se o grande passe para Vieira logo no inicio do jogo, o cruzamento para o mesmo Vieira que iria dar no golo anulado e um grande remate na segunda parte. Foi dos melhores do União e comparando a sua exibição com a de Quarteira é o dia para a noite.
16 - Vítor Pacheco - 8
- Foi para mim o elemento chave do jogo do União. Grande posicionamento defensivo, clarividência a distribuir e um toque de bola que não engana. Está ali o complemento que Jorge Roque precisava e o futebol unionista melhorou muito. Muitos leitores podem achar exagerado, mas o trabalho quase invisível do jogo do ciborrense permitiu à equipa recuperar muitas bolas sem grande esforço, lançando de imediato o jogo ofensivo. Esteve em grande e justificou o seu percurso na formação. Tem grande cultura táctica e não tem medo de ter a bola.
17 - Rui Roque - 7
- Grande registo de Rui Roque neste jogo. Uma muleta essencial no jogo de Vítor Pacheco, dando raça e querer ao jogo mais rendilhado do seu colega de meio-campo. Recuperou muitas bolas e a confiança que transmite em cada jogada, driblando, segurando e entregando com qualidade conferem-lhe o estatuto de titular e peça fundamental da equipa. Está a crescer de jogo para jogo para bem do grupo e do futebol montemorense.
11 - Jorge Roque (C) - 5
- O maestro não esteve ao seu nível, possivelmente afectado pelos dois penaltis não concretizados. É capaz e tem de fazer muito melhor. Escondeu-se um pouco do jogo e perdeu algumas bolas que não são hábito. Quem o viu em outros jogos não está acostumado a um jogo tão fraco. Pode e vai fazer muito melhor já no próximo jogo onde irá marca um golo. Faço votos para que tal aconteça. Vamos levantar a cabeça a equipa precisa.
7 - Rui Pereira - 5
- Foi possivelmente o pior jogador do ataque do União. Muito escondido, apareceu a espaços. O querer, raça e corrida constante permitem-lhe ser o equilíbrio defensivo da equipa pela direita. Privilegia o apoio, ora ao centro, ora à direita no momento defensivo do que os rasgos ofensivos. Eu percebo a sua colocação pela direito equilibrando o meio campo, mas tenho de dizer que não esteve nos seus dias cada vez que foi solicitado. A defender e a equilibrar foi senhor,a atacar foi fraco.
15 - Julian Montenegro - 7
- Está mais evoluído tacticamente, defende melhor mas é no ataque que se destaca. Mais uma vez foi ele que imprimiu intensidade e velocidade ao ataque unionista. Sempre pela esquerda em progressão colocou em riste a defensiva do Pescadores. Fez um grande jogo e tem o mérito de expulsar um jogador adversário. Bem ou mal, não sei, mas foi sobre ele o penalti que acabou por ditar o afastamento dos Pescadores do caminho da vitória. Promete mais com o decorrer desta segunda volta.
21 - João Vieira - 8
- O golo vale a nota, mas não só. Desta vez foi ao choque e fez subir a equipa. Uma maior aproximação dos elementos do meio-campo permitiram-lhe uma facilidade de raciocino. Não se coíbe de levar "reprimenda" pelos dois falhanços só com o guarda-redes pela frente. Um dia essas oportunidade podem significar a manutenção. Resolveu o jogo e esteve muito melhor que em Quarteira e a continuar assim irá de certo melhorar quando a equipa não tiver tanto caudal ofensivo. Espero para ver. Neste momento vale 3 pontos.
9 - Djálo - 2
-Ainda não consegui perceber se será uma mais-valia. A entender pela sua manutenção no banco, será talvez mérito de João Vieira? Limitou-se a correr e a tirar uma falta já nos descontos.
13 - China - 2
- Foi a segunda substituição logo depois do golo do G.U.S. Agarrou-se demasiado à bola e não definiu bem as jogadas. Entrou mal e assim continuou. Sem tempo para grande apreciação.
18 - Lino - X
-Sem tempo.
Rogério Malagueira
Jogando contra o primeiro classificado esperavam-se muitas dificuldades para pontuar. Mas o que se passou no Estádio 1º de Maio espelhou um União muito melhor que os Pescadores da Costa da Caparica e o resultado, esse peca por escasso.
Jogando no seu tradicional 4-2-3-1, a equipa do União rectificou o processo defensivo, tendo os laterais Miguel e Fábio jogado mais por dentro e dando muito menos espaço ao extremos da Costa da Caparica. Tendo em vista que actuava contra o primeiro classificado da prova, o treinador João Prates alterou a estratégia e jogou sempre em contra-ataque, defendendo com todos os homens atrás da linha da bola, dando a iniciativa de jogo ao adversário, permitindo isso ter muito espaço nas costas dos médios dos Pescadores, fazendo com que Jorge Roque e Julian incutissem velocidade e intensidade de jogo, principalmente pelo flanco esquerdo.
Com tão pouco Pescadores, só deu União e logo aos 30 segundos de jogo, na sequência de um grande passe de Fábio a rasgar por completo toda a defesa adversária, João Vieira aparece isolado pela esquerda só com o guarda-redes pela frente. Tremeu e permitiu a defesa do seu oponente para canto. Na sua cobrança, nova oportunidade para o União por Setúbal a cabecear ao lado.
Era de facto incrível o domínio e a superioridade da turma alentejana.
Assente numa boa organização táctica, com os jogadores muito juntos e um meio-campo pressionante e bem posicionado, os jogadores da Costa da Caparica perdiam muito facilmente a bola e permitiam que o União a recuperasse quase sempre no meio campo forasteiro. E aí residiu a grande diferença para outros jogos.
Quando o União recuperava a bola havia quem construísse mais atrás, quem incutisse qualidade à transição defesa-ataque. Vítor Pacheco deu à equipa essa qualidade, que não precisava, sempre que tinha a bola, de procurar Jorge Roque para este construir. Neste jogo, Vítor Pacheco construiu muito e bem, entregando sempre a bola jogável nos laterais e nos alas unionistas. Para mim foi esta uma das chaves do jogo. A qualidade de construção no primeiro terço de terreno que Luís Seatra não oferece.
Depois da entrada de rompante do União o jogo passou a ser mastigado a meio campo mas sempre com um evidente ascendente da equipa da casa. Ao minuto 28', João Vieira viu o árbitro auxiliar anular um golo por suposto fora-de-jogo, após espectacular cruzamento de Fábio.
Estava dado o mote para o União aparecer novamente com mais acutilância sobre a área dos Pescadores. E aí, por volta do minuto 42', dá-se o caso jogo. Julian, sempre ele, ultrapassa um dos centrais da Costa da Caparica em velocidade, já bem dentro da área e quando iria cruzar foi supostamente rasteirado. O árbitro assinala de pronto grande penalidade e admoesta o faltoso com o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Tinha aqui o União uma soberana oportunidade para se adiantar no marcador. O já merecido golo não havia de acontecer porque Jorge Roque repetiu a façanha e permitiu a defesa do guarda-redes.
Na segunda parte mais do mesmo. Os Pescadores da Costa da Caparica perceberam que o jogo não lhes estava a correr de feição , reduzidos a dez elementos optaram por abdicar do ataque. Se pouco tinham atacado na primeira parte, na etapa complementar, Gomes tocou duas vezes na bola.
O G.U.S. era mais rápido e muito melhor que o seu adversário mas pecava na hora da finalização. João Vieira por duas vezes tem o golo à frente dos seus olhos. Primeiro e novamente isolado permite a defesa do guarda-redes. Depois cabeceou à barra da baliza adversário.
Só dava União e pela direita Miguel tem uma grande jogada de combinação, cruzando para uma finalização fácil que acabou por não acontecer.
Tardava o golo e o público começava a ficar nervoso. O União tinha ali uma grande oportunidade para surpreender o líder da prova.
João Prates arrisca e coloca Djálo no lugar de Rui Roque jogando em 4-4-2.
Pouco depois, acontecia o golo mais que merecido do União. Fábio lança da esquerda, e numa jogada muito confusa a bola sobra para João Vieira que à quarta finaliza com êxito. Finalmente o golo, finalmente os pontos.
Até final, nada mais a assinalar, a não ser a estúpida regra desta 3ª divisão de não haver acumulação de amarelos. É dar uma mão ao anti-jogo. Sei que os clubes vivem dificuldades e isto permite que haja menos jogadores castigados, mas usá-la para fazer anti-jogo é estúpido e terá de obrigar a FPF a uma análise rigorosa porque isto é anti-futebol, anti-desportivo e anti-espectáculo. Não concordo, nem compactuou.A solução poderia ser cada clube ter um limite máximo de castigados, ou seja, se uma equipa tivesse 3 jogadores castigados estes cumpririam os castigados um de cada vez e em jogos diferentes. Poderia ser uma solução com alguns necessários ajustes.
No computo geral e comparando com o jogo de Quarteira a equipa corrigiu os erros defensivos e jogou muito mais unida. Os laterais, como já referi, defenderam melhor e fecharam os espaços interiores, enquanto que os dois médios-centros tiveram um posicionamento muito mais correcto, cobrindo o espaço e as linhas de passe em vez de andarem atrás da marcação. Se houve muito demérito do antigo líder, o mérito vai inteiramente para o G.U.S. que fez um grande jogo, muito maduro e personalizado, mandando para trás das costas a pressão que sente por estar em último. A equipa está muito melhor e o mérito terá de ir para os jogadores e equipa técnica. Os meus sinceros parabéns a toda a equipa e faço votos para que no próximo fim-de-semana continuem nesta senda. Ainda não ganharam nada e eu continuou a ter a meta dos 17 pontos na 2ª volta. Se tiverem o querer e a qualidade que demonstraram neste jogo de certeza que ultrapassarão este desafio. Força e boa semana de trabalho.
Análise individual (1-10):
88 - Gomes - 3
- A tarde descansadissima que teve não me permite dar-lhe outra nota nem me alongar em grandes apreciações. Limitou-se a bater pontapés de baliza.
15 - Miguel - 6
- Não esteve ao nível do jogo de Quarteira mas começa a ganhar raízes na lateral-direita e cumpre muito bem. Defendeu melhor e atacou menos, porque o adversário requeria cautelas defensivas. Ganhou todos os duelos e fez uma grande jogada na segunda parte que merecia golo.
3 - André - 6
- Ganhou tudo e mais alguma coisa. Novamente impecável. A nota peca por escassa devido ao deficiente ataque do adversário. Está em grande forma. Exibição perfeita, sem erros.
4 - Setúbal - 6
- Ouvi na bancada por mais que uma vez: " O Setúbal está-me a deixar enganado". A verdade é que tal como André está em grande forma e voltou a explicar que o que se disse sobre ele era puro engano. Exibição muito segura e sem erros ganhando tudo pelo chão e pelo ar.
5 - Fábio Neves - 7
- A sua exibição foi tal e qual como os seus colegas da defesa. Segura e extremamente competente, ganhando todos os duelos defensivos. A atacar ainda esteve melhor, assinalando-se o grande passe para Vieira logo no inicio do jogo, o cruzamento para o mesmo Vieira que iria dar no golo anulado e um grande remate na segunda parte. Foi dos melhores do União e comparando a sua exibição com a de Quarteira é o dia para a noite.
16 - Vítor Pacheco - 8
- Foi para mim o elemento chave do jogo do União. Grande posicionamento defensivo, clarividência a distribuir e um toque de bola que não engana. Está ali o complemento que Jorge Roque precisava e o futebol unionista melhorou muito. Muitos leitores podem achar exagerado, mas o trabalho quase invisível do jogo do ciborrense permitiu à equipa recuperar muitas bolas sem grande esforço, lançando de imediato o jogo ofensivo. Esteve em grande e justificou o seu percurso na formação. Tem grande cultura táctica e não tem medo de ter a bola.
17 - Rui Roque - 7
- Grande registo de Rui Roque neste jogo. Uma muleta essencial no jogo de Vítor Pacheco, dando raça e querer ao jogo mais rendilhado do seu colega de meio-campo. Recuperou muitas bolas e a confiança que transmite em cada jogada, driblando, segurando e entregando com qualidade conferem-lhe o estatuto de titular e peça fundamental da equipa. Está a crescer de jogo para jogo para bem do grupo e do futebol montemorense.
11 - Jorge Roque (C) - 5
- O maestro não esteve ao seu nível, possivelmente afectado pelos dois penaltis não concretizados. É capaz e tem de fazer muito melhor. Escondeu-se um pouco do jogo e perdeu algumas bolas que não são hábito. Quem o viu em outros jogos não está acostumado a um jogo tão fraco. Pode e vai fazer muito melhor já no próximo jogo onde irá marca um golo. Faço votos para que tal aconteça. Vamos levantar a cabeça a equipa precisa.
7 - Rui Pereira - 5
- Foi possivelmente o pior jogador do ataque do União. Muito escondido, apareceu a espaços. O querer, raça e corrida constante permitem-lhe ser o equilíbrio defensivo da equipa pela direita. Privilegia o apoio, ora ao centro, ora à direita no momento defensivo do que os rasgos ofensivos. Eu percebo a sua colocação pela direito equilibrando o meio campo, mas tenho de dizer que não esteve nos seus dias cada vez que foi solicitado. A defender e a equilibrar foi senhor,a atacar foi fraco.
15 - Julian Montenegro - 7
- Está mais evoluído tacticamente, defende melhor mas é no ataque que se destaca. Mais uma vez foi ele que imprimiu intensidade e velocidade ao ataque unionista. Sempre pela esquerda em progressão colocou em riste a defensiva do Pescadores. Fez um grande jogo e tem o mérito de expulsar um jogador adversário. Bem ou mal, não sei, mas foi sobre ele o penalti que acabou por ditar o afastamento dos Pescadores do caminho da vitória. Promete mais com o decorrer desta segunda volta.
21 - João Vieira - 8
- O golo vale a nota, mas não só. Desta vez foi ao choque e fez subir a equipa. Uma maior aproximação dos elementos do meio-campo permitiram-lhe uma facilidade de raciocino. Não se coíbe de levar "reprimenda" pelos dois falhanços só com o guarda-redes pela frente. Um dia essas oportunidade podem significar a manutenção. Resolveu o jogo e esteve muito melhor que em Quarteira e a continuar assim irá de certo melhorar quando a equipa não tiver tanto caudal ofensivo. Espero para ver. Neste momento vale 3 pontos.
9 - Djálo - 2
-Ainda não consegui perceber se será uma mais-valia. A entender pela sua manutenção no banco, será talvez mérito de João Vieira? Limitou-se a correr e a tirar uma falta já nos descontos.
13 - China - 2
- Foi a segunda substituição logo depois do golo do G.U.S. Agarrou-se demasiado à bola e não definiu bem as jogadas. Entrou mal e assim continuou. Sem tempo para grande apreciação.
18 - Lino - X
-Sem tempo.
Rogério Malagueira
2 comentários:
a análize ao jogo está correta, mas descordo da nota do gomes, se não teve trabalho foi porque a equipa jogou bem, filtrou o jogo no meio campo e defesa, mas tudo o que o nosso g. redes fez foi perfeito.
portanto notas de 1 a 10 um 3 é negativo e ele tudo o que fez foi positivo.
espero que na proxima semana tenha o mesmo trabalho que teve nesta.
Finalmente os comentários já são menos....
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